sábado, 7 de novembro de 2009

Início

Bem-vindo à web de gestão e administração de empresas e negócios.

Encontre artigos sobre Administração, Gestão, Recursos Humanos, Organizações, Financiamento, Gestão Estratégica, etc.

Na sequência de artigos recentes do nosso site:

Centralização / Descentralização

O grau de centralização/descentralização refere-se ao quanto a autoridade para tomar decisões está concentrada no topo ou dispersa na base da organização. A centralização significa que a autoridade para decidir está localizada no topo da organização. A descentralização significa que a autoridade para decidir está dispersa nos níveis organizacionais mais baixos. Geralmente, as organizações empreendem várias tentativas para saber qual o nível hierárquico mais adequado para tomar as decisões.

Há uma tendência nítida para a descentralização. Todavia, algumas grandes organizações estão tentando exatamente o oposto: a centralização de funções que antes eram descentralizadas. E elas também têm boas razões para faze-lo. Os estudos de caso a seguir mostram algumas delas.

Os Parceiros Da Organização

Todas as organizações funcionam dentro de um complexo conjunto de interesses com elementos do seu ambiente específico e geral, como mostra a Figura. Na realidade, cada organização forma uma intensa rede de relacionamentos com outras organizações e instituições para poder funcionar satisfatoriamente. Nesse contexto, a responsabilidade social é a obrigação de uma organização de atuar de maneira a servir tanto os seus interesses quanto os interesses dos diferentes públicos envolvidos. Esses públicos – parceiros – são pessoas, grupos e organizações que são afetados de alguma forma pelo comportamento de uma organização.

Na realidade, “todo o processo produtivo e de geração de riqueza somente se torna viável através da participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo com algum esforço ou com algum recurso. para poderfuncionar, as organizações dependem de parceiros, que podem estar dentro ou fora da organização. Os fornecedores contribuem com matérias-primas, serviços, tecnologias, edifíciosalugados, bens alugados etc. Os investidores e acionistas contribuem com capital, créditos e fluxos de fundos que possibilitam a aquisição de outros recursos. As pessoas que trabalham na empresa contribuem com seu trabalho e seus conhecimentos, experiências, capacidades e habilidades. Os clientes contribuem para organização adquirindo seus bens ou serviços. Cada um desses parceiros da organização contribui com alguma coisa na expectativa de obter um retorno pela sua contribuição, como mostra a Figura.Todos os parceiros estão engajados em um complexo jogo de transações com a empresa e dentro de um processo de reciprocidade investem e contribuem para obter retornos na forma de recompensas ou de alicientes”.

“À medida que os investimentos são bem-sucedidos – isto é, quando produzem um retorno considerado justo e adequado –, cada um dos parceiros envolvidos no negócio tende a manter e a sustentar seus investimentos na organização ou até mesmo a incrementá-los. Quando os investimentos não são bem sucedidos – isto é, quando produzem um retorno considerado baixo ou pequeno – , cada um dos parceiros tende a diminuir ou suspender seus investimentos na organização. Tudo é uma questão de reciprocidade”. E mais: “As organizações não podem tratar seus parceiros como se fossem colaboradores ocasionais ou fortuitos que surgem e desaparecem a seguir. Elas precisam tratar seus clientes, fornecedores, investidores, funcionários como parceiros definitivos e constantes e engaja-los de alguma forma e conquistar sua adesão como se fossem recursos indispensáveis para a manutenção e crescimento do negócio” .

Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional é a maneira como as atividades da organização são divididas, organizadas e coordenadas. Constitui a arquitetura ou formato organizacional que assegura a divisão e coordenação das atividades dos membros da organização. Na verdade, a estrutura organizacional funciona como a espinha dorsal da organização, o esqueleto que sustenta e articula todas as suas partes integrantes. Nesse sentido, a estrutura organizacional costuma apresentar uma natureza predominante estática. Ela se refere à configuração dos órgãos e equipes da organização.

Dá-se o nome de unidade à cada subdivisão dentro de uma organização. Assim, divisões, departamentos, seções, grupos de trabalho e equipes são considerados unidades organizacionais. De um lado, cliente significa pessoas ou instituições que utilizam o produto ou serviço proporcionado pela organização. O cliente interno significa a pessoa ou unidade que utiliza o produto ou serviço proporcionado por oura pessoa ou unidade organizacional. O cliente externo significa a pessoa ou instituição que utiliza o produto ou serviço oferecido pela organização. Em uma empresa, o cliente pode ser consumidor do produto ou usuário do serviço. Na outra ponta, fornecedor significa as pessoas ou instituições que proporcionam um produto ou serviço para que a organização possa funcionar. O fornecedor externo é uma outra organização, enquanto o fornecedor interno representa uma unidade organizacional.

A função administrativa de organizar conduz necessariamente à criação da estrutura organizacional. A estrutura organizacional pode ser definida1 como:
• O conjunto de tarefas formais atribuídas às unidades organizacionais – divisões ou departamentos – e às pessoas.
• As relações de subordinação, incluindo linhas de autoridade, responsabilidade pelas decisões, número de níveis hierárquicos e amplitude do controle administrativo.
• O desenho de sistema para assegurar coordenação eficaz entre as pessoas ao longo das unidades organizacionais.
O conjunto de tarefas formais, as relações de subordinação e os sistemas de coordenação servem para assegurar o controle vertical da organização.

Uma estrutura organizacional é eficaz quando facilita o alcance dos objetivos pelas pessoas e é eficiente quando faz com os mínimos recursos os custos. O organograma constitui a representação gráfica da estrutura organizacional. É composto de retângulos (que as unidades organizacionais, como órgãos ou cargos) e de linhas verticais e horizontais (que são as relações de autoridade e de responsabilidade). Os retângulos representam como as atividades são agregadas em unidades, como divisões, departamentos, seções e equipes. As linhas mostram a estrutura administrativa, isto é, como as pessoas se reportam umas às outras e como os retângulos se relacionam entre si com a hierarquia. A figura ilustra o organograma de uma empresa têxtil.

Organização Como A Função Administrativa De Organizar

Organização Como A Função Administrativa De Organizar: e parte do processo administrativo. Nesse sentido, organização significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua administração e estabelecer relações e atribuições a cada um deles.

Em outras palavras, as organizações precisam de organização. Elas não alocam seus recursos ao acaso ou ao sabor dos ventos. As organizações precisam ser organizadas para poder funcionar melhor e produzir melhores resultados. Nesta parte trataremos exclusivamente da organização como função administrativa. A organização constitui a segunda das funções administrativas, vindo após planejamento e antes da direção e do controle.

Organizar significa agrupar, estruturar e integrar os recursos organizacionais, definir a estrutura de órgãos que deverão administrá-los, estabelecer a divisão do trabalho através da diferenciação, definir os níveis de autoridade e de responsabilidade. Uma coisa depende da outra: as organizações precisam ser organizadas para funcionar melhor, e para organizar, deve-se ter uma organização que deva ser estruturada e moldada.

A tarefa básica da organização é estabelecer a estrutura organizacional. Existem dois caminhos para se abordar a estrutura organizacional: a especialização vertical e a especialização horizontal. A primeira conduz aos níveis de hierarquia, e a segunda, a áreas de departamentalização. Chamaremos a primeira de estrutura vertical e a segunda de departamentalização.

Organização Como Uma Unidade Ou Entidade Social

Organização Como Uma Unidade Ou Entidade Social: em que as pessoas interagem entre si para alcançar objetivos comuns. Nesse sentido, a palavra organização significa qualquer empreendimento humano criado e moldado intencionalmente para atingir determinados objetivos. As organizações podem ser empresas, órgãos públicos, bancos, universidades, lojas e comércio em geral, prestadoras de serviços e um sem-números de outros tipos.

Dentro desse enfoque social, a organização pode ser visualizada sob dois aspectos.

• Organização formal: é a organização baseada em uma divisão racional do trabalho, na diferenciação de seus órgãos e representa através do organograma. É a organização planejada, isto é, a que está oficialmente no papel, aprovada pela direção e comunicada a todos os participantes por meios de manuais de organização, descrições de cargos, organogramas e regras e regulamentos internos. É a organização formalizada oficialmente.

• Organização informal: é a organização que emerge espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na organização formal e a partir dos relacionamentos interpessoais. A organização informal surge a partir das relações de amizades (ou de antagonismos) entre as pessoas e de grupos informais que não constam no organograma ou em qualquer outro documento da organização formal. Ela é constituída de interações e relacionamentos sociais entre as pessoas, de tal modo que a organização informal transcende e ultrapassa a organização formal em três aspectos:
- na duração: enquanto a organização formal está confinada ao horário de trabalho, a
organização informal pode prolongar-se para os períodos de lazer ou tempo livre das pessoas;
- na localização: enquanto a organização formal está circunscrita a um local físico determinado,
a organização informal pode ocorrer em qualquer lugar;
- nos assuntos: a organização formal limita-se aos assuntos exclusivos dos negócios da organização, enquanto a informal amplia-se a todos os interesses comuns das pessoas envolvidas.

Organização

É uma combinação de recursos que procura deliberadamente realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos).

Velha Organização
• Fronteiras nacionais limitam a competição
• Empregos estáveis
• Mão-de-obra relativamente homogênea
• A qualidade é uma reflexão tardia
• As grandes corporações fornecem segurança no emprego
• Se não quebrou, não conserte
• Disperse os riscos pela participação em múltiplos negócios
• A hierarquia proporciona eficiência e controle
• Jornadas de trabalho definidas, como de 9 às 18 h
• O trabalho é definido pelos cargos
• O pagamento é estável e relacionado ao tempo de serviço e nível do cargo
• Os gerentes tomam decisões sozinhos
• A tomada de decisão é motivada pelo utilitarismo

Nova Organização

• As fronteiras nacionais são quase insignificantes na definição dos limites de operação de uma organização
• Cargos temporários
• Mão-de-obra diversificada
• O aprimoramento contínuo e a satisfação do cliente são essenciais
• As grandes corporações estão reduzindo drasticamente o número de funcionários
• Redesenhe todos os processos
• Concentre-se em competências centrais
• Desmantele a hierarquia para aumentar a flexibilidade
• Os expedientes não possuem nenhum limite de tempo
• O trabalho é definido em termos das tarefas a serem realizadas
• O pagamento é flexível e de ampla faixa
• Os funcionários participam das decisões
• Os critérios de decisão são ampliados para incluir direitos e justiça

As Habilidades Do Administrador

Segundo Katz, o sucesso do administrador depende mais do seu desempenho do que de seus traços particulares de personalidade, daquilo que ele faz e não daquilo que ele é. E o seu desempenho é o resultado de certas habilidades que o administrador possui e utiliza. Uma habilidade é a capacidade de transformar conhecimento em ação e que resulta em um desempenho desejado. Para Katz, existem três tipos de habilidades importantes para o desempenho administrativo bem-sucedido: ashabilidades técnicas, humanas e conceituais. As habilidades técnicas envolvem o uso de conhecimento especializado e facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os procedimentos de realização. É o caso da habilidade em contabilidade, programação de computador, engenharia etc. As habilidades técnicas estão relacionadas com o fazer, isto é, com o trabalho com “coisas”, como processos materiais ou objetos físicos e concretos. É relativamente fácil trabalhar com coisas e com números porque eles são estáticos e inertes, não contestam nem resiste, à ação do administrador.


As habilidades humanas estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade decomunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos individuais ou coletivos. As habilidades humanas estão relacionadas com a interação entre as pessoas. O desenvolvimento da cooperação dentro da equipe, o encorajamento da participação sem receios e o envolvimento das pessoas são aspectos típicos de habilidades humanas. É preciso saber trabalhar com pessoas e através das pessoas.

As habilidades conceituais envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como um todo, a facilidade em trabalhar com idéias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador com habilidades conceituais está apto a compreender as várias unções da organização e complementá-las entre si, entendendo como a organização se relaciona com seu ambiente e como as mudanças em uma parte da organização afetam o restante dela. As habilidades conceituais estão relacionadas com o pensamento, o raciocínio, o diagnóstico das situações e a formulação de alternativas de solução dos problemas. Representam as capacidades cognitivas mais sofisticadas do administrador e que lhe permitem planejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver a visão e perceber oportunidades onde ninguém vê. Na medida em que um administrador faz carreira e ascende na organização, ele precisa, cada vez mais, desenvolver as suas habilidades conceituais para não limitar a sua empregabilidade. Empregabilidade é a capacidade que uma pessoa tem para conquistar e manter um emprego. Conquistar um emprego pode até ser fácil; o mais difícil é mantê-lo a longo prazo.

O administrador

O administrador é o responsável pelo desempenho de uma ou mais pessoas de uma organização. O administrador obtém resultados através de sua organização e das pessoas que nela trabalham. Para tanto, ele planeja, organiza, dirige pessoas, gere e controla recursos materiais, financeiros, de informação e tecnologia visando à realização de determinados objetivos. Na verdade, o administrador consegue fazer as coisas através das pessoas, razão pela qual elas ocupam posição primordial nos negócios de todas as organizações. As pessoas são geralmente chamadas de subordinadas, funcionários, colaboradores, parceiros ouempreendedores internos. Todo administrador assume uma responsabilidade básica: ajudar a sua organização a atingir elevado desempenho através das pessoas e da utilização de todos osseus recursos – materiais, financeiros, de informação e tecnologia. provavelmente não existe algo mais vital à sociedade do que o papel do administrador, o qual determina se uma instituição social pode servir bem à comunidade ou simplesmente desperdiçar talentos e recursos.

O administrador dá direção e rumo às suasorganizações, proporciona liderança às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser dispostos e utilizados para atingir os objetivos da organização. Essas atividades se aplicam não somente ao alto executivo, mas também ao supervisor de primeira linha. Em outras palavras, aplicam-seao administrador que se encontra em qualquer nível da organização.

Os Níveis Organizacionais

O administrador pode estar situado em um dos três níveis organizacionais: no nível institucional, intermediário ou operacional de uma organização. Em cada um dos níveis organizacionais, o papel do administrador é diferente.

Nível Institucional
É o nível administrativo mais elevado da organização. É constituído pelo presidente e diretores que compõem a alta administração e tomam as principais decisões da organização. Nas grandes organizações, existe o Conselho Administrativo, que determina o que o presidente e a direção devem fazer. O nível institucional é o nível mais periférico da organização, e recebe o impacto das mudanças e pressões ambientais. Recebe também o nome de nível estratégico, pois é o responsável pela definição do futuro do negócio como um todo. Nesse nível, o administrador deve possuir uma visãoestratégica, para definir a missão e os objetivos fundamentais do negócio.

Nível Intermediário
É o nível administrativo que articula internamente o nível institucional com o nível operacional da organização. É o nível do meio do campo e é composto pelos gerentes. Recebe o nome de nível gerencial ou tático. Funciona como uma camada amortecedora dos impactos ambientais, pois recebe as decisões globais tomadas no nível institucional as transforma em programas de ação para o nível operacional. Interpreta a missão e os objetivos fundamentais do negócio, traduzindo-os em meios de ação cotidiana para que o nível operacional possa transforma-los em execução. Nesse nível, o administrador deve possuir uma visão tática.

Nível Operacional
É o nível administrativo mais baixo de todos. É o mais íntimo da organização e constitui a base inferior do organograma. É o nível que administra a execução e realização das tarefas e atividades cotidianas. Nesse nível, o administrador deve possuir uma visão operacional. Recebe o nome de supervisão de primeira linha, pois tem contato direto com a execução ou operação, que é realizada pelos funcionários não-administrativos e operários que se incubem da realização das tarefas e atividades rotineiras do dia-a-dia da organização.


Assim, em qualquer organização, a administração é exercida por meio desses três níveis em estreita coordenação entre si. Eles formam o chamado aparato administrativo da organização. Cada um deles tem a sua função específica.

Muitas vezes, alguns profissionais não- administradores são promovidos do nível de execução para o nível administrativo de certas organizações, como médicos (em hospitais), engenheiros (nas indústrias), contabilistas (em consultorias de auditoria e contabilidade), economistas (em organizações públicas) ou advogados (em consultorias jurídicas), onde deixam parcialmente a sua especialidade original para se tornarem administradores. A partir daí, passam a necessitar de conhecimentos mínimos de administração.

Por Que A Administração É Necessária?

A administração é necessária nas organizações por três razões principais:
1. Para alcançar objetivos.
2. Para equilibrar objetivos conflitantes.
3. Para conseguir eficiência e eficácia.

PARA ALCANÇAR OBJETIVOS
É necessária a administração para alcançar os objetivos organizacionais. O objetivo da maioria das organizações, tanto públicas (não-lucrativas) como privadas (que visam lucro), é fornecer um serviço para o público. Naturalmente, as empresas privadas devem ter lucro como resultado de suas operações e, numa economia capitalista, isto é aceitável e até mesmo considerado de interesse público. Entretanto, mesmo nas empresas que visam lucro, o objetivo deve ser de oferecer serviços a outros, de forma que os proprietários tenham lucro. Portanto, se você deseja ser administrador de uma empresa privada, deve se lembrar da necessidade de ter como seu objetivo primordial um “serviço lucrativo”. Se a empresa não oferecer um serviço, perderá fregueses e não dará lucro. Se não houver lucro, a empresa não será capaz de atingir seu objetivo de prestação de serviço.

PARA EQUILIBRAR OBJETIVOS CONFLITANTES
Ao tentar atingir seus fins administrativos devem manter equilíbrio entre os objetivos e as atividades conflitantes dos interesses numa organização. Entre estes estão empregados, proprietários, fregueses, autoridades governamentais, credores, enfim os contribuintes. A administração detém a confiança e deve equilibrar os interesses de grupos bem diversificados. Desempenha a função de guardiã dos interesses dos proprietários, que desejam um retorno satisfatório de seu investimento. O retorno pode ser lucro (como nas empresas) ou serviço (como no governo municipal, estadual ou federal). Deve também levar em consideração os interesses dos empregados, que desejam ter um bom salário, condições de trabalho seguras e confortáveis, tratamento justo e eqüitativo, o maior grau possível de segurança no trabalho, e mais folgas. Também precisam ser levados em consideração os interesses do público, entre os quais notamos consumidores, ambientalistas e defensores dos direitos civis. A administraçãodeve também agradar a seus fregueses, clientes e consumidores, pois sem eles a organização não teria razão de ser. Deve-se levar em consideração também os credores, fornecedores, líderes sindicais e associações de classe. Finalmente, a administração deve satisfazer as necessidades e exigências de vários governos. Se a administração favorece um grupo à custa de outros, irá, a longo prazo, criar um desequilíbrio prejudicial à organização.

Este desafio, como se pode ver, relaciona o equilíbrio das operações internas como o
ambiente externo. Por causa dessa ênfase na responsabilidade social e ética empresarial, a
administração não pode dar somente prioridade aos proprietários e empregados. pelo contrário,
deve também satisfazer os que estão fora e cujo futuro esteja de certa forma ligado ao da
organização.

Para desempenhar este novo e exigente papel, os administradores têm de estabelecer pelo menos três tipos de relacionamento. Em primeiro lugar, devem manter um relacionamento pessoal satisfatório com a família e os amigos. Em segundo, devem manter um relacionamento organizacional com os empregados e com os outros administradores. Finalmente, deve-se manter um relacionamento externo e muitas vezes conflitante com o “público” da organização.

O processo administrativo

Administração significa, em primeiro lugar, ação. A administração é um processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, organização, execução e controle. Os processos administrativos são também chamadas funções administrativas ou funções gerenciais. Outros processos ou funções importantes, como coordenação, direção, comunicação e participação, contribuem para a realização dos quatro processos principais.

Funções ou processos do processo administrativo.

- Planejamento: Planejamento é o processo de definir objetivos, atividades e recursos.

- Organização: Organização é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério.

- Direção: Execução: é o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. O processo de execução envolve outros processos, especialmente o processo de direção, para acionar os recursos que realizam as atividades e os objetivos.

- Controle: Controle é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modificá-los.

O Conceito De Administração

A palavra administrar tem vários significados. Não há um padrão universalmente aceito para a definição do termo administração. O próprio Aurélio aponta em seu dicionário essa multivariedade de significado, como: gerir, ministrar, conferir. Entretanto, quando se trata de negócios, é importante a busca de um consenso em seu significado.

O mais importante e consistente uso do termo administração é aquele em que ele é visto como um processo integrativo fundamental, buscando a obtenção de resultados específicos. Administrar não significa executar tarefas ou operações, mas sim fazer com que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto. O administrador não é aquele que faz mas sim o que faz fazer. A administração faz as coisas acontecerem através das pessoas, levando as organizações ao sucesso. Na realidade, a administração não é uma ciência exata, mas uma ciência social, pois, ao lidar com negócios e organizações, ela o faz basicamente por meio das pessoas.

A administração visa alcançar objetivos organizacionais de maneira eficiente e eficaz. A eficiência significa fazer as coisas bem e corretamente. Relaciona-se com os meios. É uma medida da proporção dos recursos utilizados para alcançar os objetivos, ou seja uma medida de saídas ou resultados comparados com os recursos consumidos. A administração pode alcançar um objetivo com um mínimo de recursos ou pode ultrapassar objetivos com os mesmos recursos. As medidas de eficiência podem ser o custo do trabalho, a utilização de equipamento, a manutenção de máquinas e o retorno do capital investido, por exemplo. Um administrador eficiente é aquele cuja unidade de trabalho opera diariamente com um custo mínimo de materiais e de trabalho. Contudo, a eficiência é necessária, mas não é suficiente. Deve haver eficácia, principalmente, o que significa atingir objetivos e resultados. A eficácia relaciona-se com os fins e propósitos. É o grau em que a administração consegue atingir seus objetivos. É a medida do resultado da tarefa ou alcance do objetivo estabelecido. Um administrador eficaz é aquele cuja unidade de trabalho alcança diariamente as metas de produção em termos de quantidade e qualidade de resultados.

Porém, nem sempre eficiência e eficácia caminham juntas e de mãos dadas. Muitas vezes, o administrador é eficiente ao extrair o máximo dos recursos disponíveis, mas não é eficaz por não atingir os objetivos esperados. Acaba morrendo esgotado na praia. Outras vezes, é eficaz ao atingir os alvos previamente estabelecidos, mas queimando recursos pelo meio: ganha a guerra, mas deixam mortos e feridos ao longo do caminho, devido à sua ineficiência. O ideal é ser eficiente e eficaz. Isso tem um nome: excelência.

As diferenças entre eficiência e eficácia.
Eficiência
Fazer corretamente as coisas
Preocupar-se com os meios
Enfatizar métodos e procedimentos
Cumprir os regulamentos internos
Treinar e aprender
Jogar futebol com arte
Saber batalhar Ser pontual no trabalho

Eficácia
Fazer as coisas necessárias
Preocupar-se com os fins
Enfatizar objetivos e resultados
Atingir os alvos e objetivos
Saber e conhecer
Ganhar a partida de futebol
Ganhar a guerra Agregar valor e riqueza à organização

Alguns Conselhos Para Se Globalizar

Keinich Ohmae, autor de Mind of the Strategist: The Art of Japanese Business, e chefe de uma empresa consultora internacional, sediada em Tóquio, apresenta algumas sugestões para altos administradores que queiram transformar suas organizações em empresas “globais”. Estas sugestões, afirma ele, não se aplicam somente a empresas norte-americanas desejosos de se expandir e atingir o Japão ou outros países, mas também a empresas de países que queiram entrar nos estados Unidos. Entre suas recomendações, notamos:

1. Sua cultura e seus valores devem estar enraizados no pessoal-chave que se tornará global. Na Matsushita, o pessoal administrativo passa a maior parte dos seus seis primeiros meses na empresa fazendo um treinamento que a empresa rotula de “cultural e espiritual”, onde estudam o credo da empresa: os “Sete Espíritos da Matsushita”. A Phillips, enorme empresa fabricante de produtos eletrônicos, sediada na Holanda, e a Unilever, a gigantesca empresa anglo- holandesa fabricante de produtos alimentícios, são outros exemplos de empresas globais que se esforçam por enraizar um conjunto de valores uniformes e poderosos em seu pessoal global. Eles atingem esse fim através de diversas atribuições que permitem não somente desenvolver uma visão e valores comuns, mas também possibilitam o estabelecimento de redes globais. A meta é dar à empresa e a seu pessoal global a capacidade de refletir os valores e a visão comum da organização, não importando o local onde a empresa esteja situada.

2. Permaneça no setor que você conhece melhor. Na sua maioria, as principais empresas globais cresceram estabelecendo posições dominantes em linhas bem definidas e limitadas. Royal Dutch/Shell (88% no ramo de petróleo), Ford (93% de automóveis), GM (88% de automóveis) e outras, como a IBM e a Toyota, dominaram a prática de uma única linha de produtos, em vez de se dedicarem a múltiplas linhas.

3. O seu planejamento deve ser á longo prazo. As empresas realmente globais fazem seu planejamento à longo prazo. Em primeiro lugar, porque se leva bastante tempo para
estabelecer uma identidade, relacionamentos e compreensão da natureza da empresa num mercado estrangeiro. Você deve ser capaz de resistir aos problemas econômicos e políticos, como mudanças no governo, no ciclo econômico etc. Em meados de 1980, as indústrias automobilísticas e eletrônicas conseguiram altos lucros nos Estados Unidos, lucros razoáveis no Japão e muito pouco lucro na Europa. mas por volta de 1990 os lucros no Japão começaram a subir bastante, a situação na Europa apresentava um aspecto mais positivo, enquanto que nos estados Unidos acontecia o contrário. devemos sempre tentar manter uma fatia do mercado, mesmo em condições menos favoráveis, para ter uma base sólida quando a situação se tornar mais favorável.

4. Divida seu centro de decisão. se você planeja se globalizar, não conseguirá um bom resultado se mantiver um escritório central que tome todas as decisões. Hoje, as empresas globalizadas dividiram seu centro de decisões em unidades separadas. As firmas japonesas, sediadas no Japão, não podem tomar decisões eficazes em Tóquio sempre que se trate de operações de mercado de suas filiais da Europa, ou dos Estados Unidos. O mesmo se pode dizer de firmas norte-americanas, com sede em Nova York, quanto a planejar eficazmente e tomar decisões em relação a mercados localizados em outros continentes. Isto se tornará ainda mais verdadeiro quando, no fim desta década, os três principais mercados se tornarem ainda mais peculiares: (1) a Comunidade Européia, (2) o mercado norte-americano (o acordo comercial entre estados Unidos e Canadá vigora desde 1990) e (3) o “Pacific Rim”, onde a economia de países recém-industrializados (como Hong Kong, Coréia, Taiwan e Cingapura) estão rapidamente se integrando à economia japonesa. As firmas japonesas, como Sony, Yamaha e Matsushita, descentralizaram sua sede de planejamento e de tomada de decisões operacionais para acomodar cada uma dessas três importantes áreas globais.

Como Enfrentar O Mercado Competitivo Pela Globalização

Sem dúvida a Globalização da economia é melhor para os países desenvolvidos, que podem aproveitá-la com maiores benefícios. Há portanto, necessidade de cautela ao se enfrentar a globalização da economia. Os países em desenvolvimento não podem abrir mão de um certo grau de protecionismo, pelo risco de a globalização implicar o sucateamento de segmentos empresariais importantes, contudo, o fundamental é aceitar a realidade irreversível da globalização. O maior desafio para o mundo todo é criar um sistema que, além de maximizar o crescimento global, seja mais eqüitativo e capaz de integrar as potências econômicas emergentes, corroborando os esforços dos países marginalizados para se beneficiar da expansão econômica mundial e, sobretudo, reduzindo o enorme hiato existente entre países ricos e pobres. A integração regional, como: NAFTA, A COMUNIDADE EUROPÉIA E O MERCOSUL, ameaçam atropelar quem for maislento. A aptidão para a concorrência passa a ser a principal força da globalização, para os melhores, e a principal ameaça, para os piores (Oportunidades X Desafios). O “motor” da globalização é a competitividade.

Tecnologia Da Informação E O Impacto Da Globalização

Muitas vezes esquecemos que há apenas 30 anos quase ninguém possuía um fax ou um telefone celular; os termos e-mail e modem faziam parte do vocabulário de algumas poucas pessoas, ou de filmes futuristas; os computadores ocupavam salas inteiras em lugar de 30 centímetros, ou menos de um notebook. Com que rapidez os tempos mudaram! Com o impacto desta tecnologia de ponta, o trabalho jamais será o mesmo. Microcomputadores, minicomputadores e supercomputadores, trabalho e produção assistidos por computadores, sistemas de informação e de decisão grupal e outros desenvolvimentos tecnológicos fazem parte vital do nosso local de trabalho e de nossas vidas. Seja para melhor ou para pior, o fato é que o trabalho está sendo totalmente dominados por códigos de barras, sistemas automáticos , correio eletrônico e o crescente uso das supervias de informação, como a Internet e Intranet. Todo este avanço tecnológico implica informatização das atividades e automatização da indústria incluindo até a robotização de fábricas, dando origem as chamadas “ALDEIAS GLOBAIS”, essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanços possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a INTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países, estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado. O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico- científico mostram-se como uma faceta do processo em curso, na medida que tal expansão for assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países. Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados e consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União Européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do “mundo subdesenvolvido” da Ásia.

O Que É Globalização?

É um processo social que atua no sentido de uma mudança na estrutura política e econômica das sociedades, ocorrendo em ondas, com avanços e retrocessos separados por intervalos que podem durar séculos. Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia as grandes corporações internacionais. Por outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo as onerosas demandas da sua população (aposentadoria, assistência médica, salário desemprego, etc.). Com o esgotamento do estado do bem-estar Social, o neoliberalismo ganhou prestígio e força. Agora a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção, então os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento que foi a ESTRATÉGIA GLOBAL DE FABRICAÇÃO, que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser , local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos a venda nos mais diversos recantos do planeta. Há 30 anos, as fronteiras nacionais podiam isolar as empresas das pressões competitivas estrangeiras, fato este que não ocorre nos dias de hoje. Torna-se cada vez mais irrelevante, por exemplo, rotular o país de origem de uma empresa, pois sua sede pode estar nos Estados Unidos, porém ela possui várias filiais em determinados países cada qual produzindo uma parte do produto a ser montado na sede. Portanto, não se pode dizer que este produto é americano, visto que parte dele é brasileiro, australiano, japonês e indiano. Mas a globalização não significa apenas fazer negócios além de fronteiras nacionais. Significa também o aumento da competição para todo tipo de organização. Os regentes de hoje em dia, devem estar atentos para o fato de que enfrentam concorrentes estrangeiros, assim como locais e nacionais. Podemos concluir então, que as duas principais forças para a globalização foram a procura de novos mercados e os esforços para a redução de custos, pois, visando a obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas fixaram filiais em países cuja a mão- de-obra é barata e de grande qualificação, como vemos recentemente as companhias ocidentais se transferindo para a Europa Central.